A fábrica cresce no que você mede: se só mede produção, vai parar!
Posso te fazer uma pergunta direta? Quando você chega na fábrica de manhã, o que você confere primeiro? A produção de ontem, né? Quantas peças saíram, qual máquina deu problema, se bateu a meta do setor…
E está certo. Produção é o coração da indústria.
Mas agora me responde outra coisa: quando foi a última vez que você conferiu quantos clientes novos entraram na sua operação? Ou qual representante está performando melhor? Ou se aquele cliente grande que não compra há 3 meses ainda está ativo?
Silêncio, né?
Vamos ser sinceros?
A maioria dos empresários do setor moveleiro mede produção como um relojoeiro suíço, mas toca o comercial no “achômetro”. E aí fica naquela: produção rodando a mil, estoque cheio, mas venda… ah, a venda “depende do mercado”.
Sabe o que acontece quando a gente deixa isso de lado? A fábrica vira refém do humor do representante. Se ele acordou bem, vende. Se não, culpa o produto, o prazo, o preço, o mercado… qualquer coisa menos o processo.
Você já deve ter passado por isso: semana que vende 500 mil, semana que vende 50 mil. E você sem entender o porquê. Porque não tem medição, não tem processo, não tem controle.
É como dirigir de olhos vendados e torcer pra não bater.
Agora escuta essa
De acordo com a Bain & Company, empresas com CRM ativo e funil gerenciado vendem 29% mais por vendedor. Não é mágica. É medição.
E na indústria moveleira, onde margem e volume são o jogo, isso muda tudo.
Porque quando você mede produção, você sabe exatamente onde está pisando. Sabe que precisa de X matéria-prima pra fazer Y produtos em Z tempo. Tem indicador pra tudo: produtividade por hora, desperdício por lote, tempo de setup…
Por que diabos o comercial não tem a mesma precisão?
Olha, eu vou te contar uma coisa que vi numa fábrica aqui de Minas semana passada. O empresário sabia de cor quantos metros de MDF gastava por dia, mas não sabia quantos clientes tinham comprado no mês. Sabia o custo exato de cada peça, mas não sabia o ticket médio por região.
Resultado? Dependia 100% de dois representantes. Quando um saiu, a empresa quase quebrou.
Se eu pudesse te dar só três conselhos hoje, seriam esses:
- Comece medindo o básico — agora. Quantos clientes ativos você tem? Qual o ticket médio? Quantos pedidos por semana? Se você não sabe essas três coisas de cabeça, pare tudo e vai descobrir.
- Trate vendas como você trata produção. Mesma disciplina, mesmos relatórios, mesma cobrança. Se tem reunião de produção toda segunda, tem que ter reunião comercial toda terça. Simples assim.
- Pare de terceirizar 100% do seu comercial. Representante é canal, não é operação. Você tem máquina de corte, máquina de furar, máquina de lixar… onde está sua máquina de vender?
O futuro não perdoa quem não se adapta
Empresário, vou te falar uma verdade que dói: quem não mede vendas, não tem empresa – tem hobby caro.
Porque no fim das contas, você pode ter a melhor fábrica do mundo, o melhor produto, a melhor equipe de produção… mas se não consegue vender de forma previsível, controlada e escalável, está apenas esperando a próxima crise pra descobrir que não tem negócio, tem dependência.
A pergunta não é se você quer crescer. A pergunta é: seu processo comercial aguenta um crescimento?
Aqui na Universidade Moveleira, a gente vive esse chão. A gente fala com quem tem serragem na alma e sabe que fábrica sem processo comercial é como motor sem combustível – pode ser perfeita, mas não vai a lugar nenhum.
Se você quer virar essa chave de vez e transformar vendas numa operação tão confiável quanto sua produção, estamos prontos pra caminhar com você.
Afinal, me responde uma coisa: se hoje você só consegue prever a produção, como vai prever o futuro da sua empresa?